Casuarina

Se você quer saber mais sobre a passagem de Casuarina no Teatro Rival Petrobras, continue lendo até o final.

Casuarina

Grupo leva pela primeira vez à Cinelândia show em homenagem à obra de Dorival Caymmi.

Entrando no clima intimista que o Teatro Rival Petrobras oferece, o CASUARINA leva à casa da Cinelândia, pela primeira vez, o show “No Passo de Caymmi”, baseado em seu sexto e mais recente CD.

O trabalho reúne 17 canções representativas de todas as fases da carreira de Dorival Caymmi, um dos maiores artistas da história da música brasileira, que teria completado 101 anos em 2015.

O show aconteceu dia 11 de dezembro, às 19h30.

Foi o primeiro CD gravado exclusivamente pelo quinteto, sem músicos convidados, overdubs ou instrumentos “estrangeiros” à sua formação.

Mantendo a coerência com o estilo artesanal escolhido para o disco (a arte, por exemplo, foi toda desenhada a mão pelo designer Diogo Montes), eles decidiram deixar as vozes e os instrumentos o mais natural possível, tal como foram gravados, praticamente sem fazer uso de ferramentas de afinação e pós-produção.

Não é coincidência que a obra do compositor tenha sido o estopim para que o Casuarina buscasse a sofisticação na simplicidade: artesão do mínimo, Caymmi criou personagens, histórias e linguagens com uma capacidade de síntese sem paralelos no nosso cancioneiro.

No repertório, lendárias canções praieiras, como “É Doce Morrer no Mar” e “O Bem do Mar”; alguns de seus sambas-canção, já com ares bossanovistas, como “Dora” e “Marina”; sambas irreverentes, como “A Vizinha do Lado” e “Requebre Que Eu Dou Um Doce”; e uma amostra das loas que teceu à sua terra natal, como “Saudade da Bahia” e “Você Já Foi à Bahia?”.

Há, também, quatro clássicos registrados em forma de vinheta, que ajudam na transição entre os climas do disco: “Suíte dos Pescadores”, “Maricotinha”, “Oração de Mãe Menininha” e “Maracangalha”.

O CD, indicado ao Prêmio da Música Brasileira em 2015, foi produzido pela Superlativa e gravado a partir do desejo do grupo de registrar os arranjos originais feitos por Daniel Montes e João Fernando para o projeto ’100 Anos de Caymmi’, elaborado por Gabriel Azevedo e apresentado na Caixa Cultural do Rio de Janeiro em maio de 2014.

“Ao término dos ensaios, sabíamos que seria injusto que arranjos tão delicados se perdessem na efemeridade de poucos shows.

Na semana seguinte, já estávamos em estúdio gravando.

Esse trabalho nos reconecta com a nossa essência e nos faz voltar a ter prazer de soar intimista”, justifica João Cavalcanti, um dos vocalistas do Casuarina.

DORIVAL CAYMMI

Nascido em 30 de abril de 1914 em Salvador, Dorival Caymmi começou muito cedo a tocar violão, instrumento que o acompanhou até sua morte, em 2008.

Fez sua primeira composição, “No Sertão”, aos 19 anos de idade e, dois anos depois, começou a cantar.

Em 1937 desembarcou no Rio de Janeiro onde, no ano seguinte, lançou pela Rádio Tupi o sucesso “O Que é Que a Baiana Tem?”, que o levou a atuar ao lado de Carmem Miranda.

Aos 26 anos, casou-se com a cantora Stella Maris, com quem teve três filhos: Nana, Dori e Danilo.

O primeiro álbum, “Canções Praieiras”, foi lançado em 1954 e tornou-se um dos mais cultuados da MPB.

CASUARINA

Bambas na arte de unir letras repletas de imagens a melodias inspiradas, os músicos têm na bagagem seis CDs e dois DVDs.

Daniel Montes (violão de 7 cordas), Gabriel Azevedo (pandeiro e voz), João Cavalcanti (tantan e voz), João Fernando (bandolim e vocais) e Rafael Freire (cavaquinho e vocais) se reuniram em 2001 e começaram a ocupar a então deserta Lapa carioca para mostrar, em bares de pequeno porte, a música que faziam.

Não imaginavam que em tão pouco tempo estariam tocando para o mundo: Angola, Bélgica, Canadá, Cuba, Eslovênia, Espanha, EUA, França, Holanda, Inglaterra, Israel, Portugal e Suécia são alguns dos locais em que já se apresentaram.

Por “MTV Apresenta: Casuarina”, receberam o DVD de Ouro pela vendagem superior a 25 mil cópias e o troféu de Melhor Grupo de Samba do País no 21º Prêmio da Música Brasileira.

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